É notória a crescente a participação da mulher no mercado de trabalho, exercendo funções que muitas vezes exigem boa parte do seu tempo. Somado a isso, ela permanece sendo a principal responsável pelas tarefas domésticas no cuidado com a casa, com o marido, com os filhos e algumas, ainda exercem chamados ministeriais em suas igrejas. Conciliar a vida profissional, familiar e ministerial é um desafio difícil, mas possível.
Em um período em que Israel sofria por desobedecer aos mandamentos sagrados, Deus levantou juízes para liderar o seu povo. Uma das pessoas selecionadas para exercer este cargo foi uma mulher, chamada Débora, que também era profetiza e dona-de-casa. Ela era procurada pelos moradores da região para ajudar a resolver conflitos, dúvidas e dores emocionais que tinham. Apesar de ser responsável por julgar causas comuns, acabou sendo incumbida de resolver também questões militares.
Ao se verem oprimidos pelo forte exército de Jabim, os israelitas apelaram para Débora, que recorreu a Baraque, a fim de que este exercesse a sua função de liderar o exército do povo de Deus contra os inimigos. Porém, o comandante sentiu medo e expôs que só iria para a batalha se ela o acompanhasse. Débora concordou, entretanto deixou claro que a honra da vitória não seria dele, mas de uma mulher (Juízes 4.9), como ocorreu.
Apesar de ter vivido em uma época bem diferente da nossa, Débora também exercia muitas funções e sabia conciliá-las com excelência. Seu temor a Deus, equilíbrio emocional e coragem conquistavam o respeito de todos. Até mesmo do líder do exército de Israel. A sua vida nos mostra que cuidar da família, possuir um ministério e exercer outras funções não são itens incompatíveis no dia-a-dia de uma mulher. Com esforço e dedicação é possível obedecer à vontade de Deus, motivar outras pessoas a fazerem o mesmo e vencer qualquer batalha!
Edinalva Dias
MqV – Roraima
Foto: Elements Envato