Uma das piores coisas que pode acontecer ao ser humano é não saber guardar a sua boca. Quantos relacionamentos são destruídos, quantas vidas se perderam e quantas almas partiram para a eternidade sem Salvação devido ao mau uso das palavras? É por meio delas que podemos promover vida ou morte, edificar ou derrubar. Apesar de todos quererem colher bons frutos ao longo de sua trajetória terrena, muitas pessoas se atrapalham com o que dizem e trazem sobre si perturbações.
Tiago tratou bem este assunto quando alertou aos cristãos em sua epístola sobre como a língua pode dirigir a vida de uma pessoa, da mesma forma que um leme conduz um navio. O apóstolo também usou a figura de uma simples faísca, capaz de incendiar uma floresta para comparar o desastre que o pequeno órgão em nossa boca é capaz de causar (Tiago 3.4-5). No Antigo Testamento, o autor sagrado já alertava sobre esse assunto, expondo que: “A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto”, Provérbios 18.21.
O Senhor não nos alertaria tanto nas Sagradas Escrituras sobre determinado assunto, se este não fosse tão importante. Afinal de contas, Ele trouxe a existência toda a Criação falando. Em Mateus 21.19, Jesus amaldiçoou a figueira e ela se secou desde as raízes. Fomos feitas a imagem e semelhança de Deus, então da mesma forma as nossas palavras têm poder de gerar vida ou morte. Uma ofensa na hora da raiva é capaz de destruir uma família, uma amizade ou até mesmo a vida espiritual de alguém. Já uma mensagem de fé, um elogio ou incentivo pode erguer os que estão a nossa volta.
Querida amiga, a Bíblia nos diz que quem não tropeça no falar é varão perfeito (Tiago 3.2). Todas nós erramos no uso das palavras, mas precisamos ser mais vigilantes, porque colheremos os frutos, sejam eles bons ou maus. Se você quer desfrutar de abundantes bênçãos, não deixe de plantar boas sementes com a sua boca, usando-a para edificar a sua vida e a de outras pessoas. Lembre-se de que “como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo”, Provérbios 25.11.
Aucicleide Carvalho
MqV - Amapá
Foto de Ina Garbé / Unsplash