Discernimento em opinar

“O que, passando, se mete em questão alheia é como aquele que toma um cão pelas orelhas”, Provérbios 26.17

Comportamento

Há pessoas que se envolvem em diversos conflitos por terem o hábito de opinarem em situações às quais não foram convidadas. O que elas não percebem é que tal comportamento gera uma série de contendas, porque nele faltam duas características: educação e bom senso. Sem elas, ficamos suscetíveis à insensatez e, daí, armamos um cenário propício para que confusões aconteçam.

Precisamos ficar atentas ao que as Sagradas Escrituras nos orientam em relação a isso. Ninguém, por mais conhecedor e capacitado que seja, tem o direito de interferir na vida de uma pessoa sem que esta queira e convide. Inclusive este é um princípio inegociável da ética quando vamos aconselhar alguém. Não podemos nos intrometer nas situações sem que peçam a nossa opinião.

A vida é algo tão particular que devemos nos ater somente à medida que somos solicitadas. Caso contrário, o melhor é nos policiarmos para que a educação e o bom senso limitem nossa vontade intervencionista. Percebo que, por nós mesmas, não podemos ajudar a ninguém. Porém, se as pessoas confiarem em nós, certamente pedirão o nosso auxílio.

Querida irmã, a busca por um conselho é questão de afinidade e confiança. Quando sabemos nos colocar, sabendo o momento de falar e o de calar, assim como o de usarmos as palavras certas, a nossa sabedoria será reconhecida e consequentemente muitos conselhos serão solicitados. Porém, caso isso não ocorra, que tenhamos discernimento e respeitemos ao próximo.


Angelita Ribacki

MqV - Maranhão


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