Odres novos

“Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam”, Mateus 9.17

Vida espiritual

As Escrituras nos mostram que os fariseus e os escribas, por estarem muito apegados ao legalismo judaico, não compreenderam bem o que significava a Nova Aliança. Assim, começaram a fazer indagações críticas sobre o fato de Jesus comer com pecadores e também a respeito de os discípulos não jejuarem. Então, o Mestre aproveitou os questionamentos para mostrar-lhes que o evangelho significava andar em novidade de vida e que Deus não poderia revelar a Sua vontade para quem se mostrasse inflexível e apegado as próprias opiniões.

Ao longo desta passagem bíblica, observamos que o Senhor citou os odres como exemplo para explicar a necessidade de se desprender de velhos conceitos, para reter o que Deus está dando. Esses utensílios eram usados para armazenar vinho e eram feitos com pele de animais. A escolha deste material se dava, tendo em vista que a elasticidade do couro era importante para que o recipiente suportasse bem o processo de fermentação do vinho novo. Porém, com o passar do tempo, o odre antigo se ressecava e, por haver se dilatado ao máximo, se romperia com o vinho novo, fazendo com que este fosse derramando, causando assim o desperdício.

Por meio desta parábola, Jesus mostrou que nós somos como odres, que necessitamos do vinho novo, que representa o Espírito Santo. Para que este seja conservado dentro de nós, precisamos abrir mão dos velhos pensamentos, conceitos, atitudes e práticas, que endurecem o nosso coração e nos afastam dEle. Caso contrário, esse vinho novo romperá o odre e perderemos a comunhão com o Espírito Santo.

Jamais podemos nos esquecer de que o Senhor quer tratar cada uma de nós como odres, ou seja, utensílios destinados a ter o Espírito Santo habitando em nosso interior. Precisamos ser flexíveis em nossos conceitos, para assim sermos dirigidas por Ele. Não devemos deixar esse vinho novo se escoar de nossas vidas, pois sem ele não receberemos as revelações de Deus. O Consolador nos capacitará a vencermos as tentações e as adversidades, além de nos ensinar a andarmos em liberdade e santidade.


Edinalva Dias

MqV - Roraima


Foto: Envato Elements