Muitos relacionamentos hoje em dia fracassam não apenas por incompatibilidades, mas por causa da autossabotagem. Há pessoas que, mesmo antes de casar, já acreditam que a união não vai dar certo. Essa insegurança geralmente surge daquilo que viram e viveram: lares desfeitos, casamentos cheios de brigas, traições e desrespeito. Elas cresceram assistindo a relacionamentos disfuncionais e, sem perceber, carregam essas marcas para suas próprias escolhas.
Mesmo conscientes de que essas atitudes causaram dor e separação no passado, ainda assim, repetem comportamentos destrutivos como gritaria, palavras ofensivas, falta de diálogo e desonestidade emocional. Relacionamentos fracassam não por falta de amor, mas porque casais iniciam a jornada juntos reproduzindo comportamentos nocivos que aprenderam ao longo da vida, muitas vezes dentro do próprio lar, como se não houvesse outra maneira de se relacionar.
Não é fácil quebrar ciclos de autossabotagem. Até mesmo o apóstolo Paulo enfrentou esse tipo de dificuldade em outras áreas da vida. Ele chegou a revelar que o bem que ele queria fazer, acabava não conseguindo (Romanos 7.19). Precisamos ter em mente que, quando esse ciclo não é interrompido, ele gera dor, afastamento e, em muitos casos, o divórcio. O mais preocupante é que, com o tempo, essas atitudes se tornam normais, afastando cada vez mais a possibilidade de um relacionamento saudável.
Querida irmã, é tempo de romper com padrões que não vêm de Deus. O fato de você ter vivido ou presenciado relacionamentos marcados por conflitos não significa que precisa repetir essa história. Com a ajuda do Senhor, é possível construir um novo caminho baseado no respeito, na verdade, no perdão e no amor. Avalie suas atitudes, reconheça o que precisa ser mudado e decida escrever uma nova história. A cura começa quando você escolhe não mais se ferir com aquilo que já sabe que machuca.
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